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quinta-feira, 17 de abril de 2014

Teoria da Origem dos Batistas e Sua Expansão


Neste resumo serão abordadas as teorias da origem dos batistas até o momento de sua expansão. Quanto à história em si, vale fazermos uma pergunta em relação ao estudo: Por que estudar a história dos Batistas? Será importante gastarmos tempo para estudarmos sobre este assunto?
Podemos listar, no mínimo, três motivos pelos quais devemos estudar a história dos batistas. Primeiro, conheceremos como e de onde surgimos o que é de muita importância, pois, através disso, saberemos sobre os principais motivos de luta dos batistas, como a liberdade religiosa. Conheceremos também como foram gerados os princípios batistas em que nós cremos. Iremos manter nossa identidade sem abrir mão de nossa história. Valorizaremos nossa denominação dando crédito à história e poderemos passar isso para todos os membros de nossas igrejas para que haja coesão no rebanho.

Teoria da Origem dos Batistas

            Sobre a história dos batistas temos três teorias. A primeira teoria é a chamada de sucessória ou JJJ (referencia a Jordão, João, Jerusalém). Segundo esta teoria os batistas vieram desde João Batista quando este batizava as pessoas no rio Jordão. Colocando assim, a origem dos batistas antes mesmo dos apóstolos e do próprio Jesus. A ideia é que os batistas começaram a existir no rio Jordão, com João Batista, quando este batizou Jesus. Historiadores como Orchard, Cramp e Cathcart a defendam e ela tem muitos seguidores. Esta teoria tenta ligar os batistas com João Batista e Jesus e traça uma linhagem espiritual e teológica daqueles tempos até o surgimento da primeira igreja batista no mundo.  Esta teoria foi rejeitada pelos primeiros batistas, mas se tornou popular nos Estados Unidos no século XIX, com o movimento denominado landmarkista. Este afirmava que só os batistas são cristãos, rejeitando o relacionamento ou atividades em conjunto com outros grupos, mesmo evangélicos. Essa posição partia do argumento de que há uma sucessão de batistas desde o primeiro século, sendo popularizada por um livro que foi traduzido para o português com o nome de Rasto de sangue.
            Mas esta teoria é vazia de evidências históricas, o que já traz um grande problema para os defensores dela. Pois, uma vez que, não há evidências qualquer um outro grupo poderia reivindicar para si esta teoria. Outro problema com essa teoria é que o batismo praticado por João no Rio Jordão é diferente do batismo praticado pela igreja. Há diferença na simbologia do batismo.
            A segunda teoria sobre a história dos batistas é a teoria anabatista ou da continuidade. Essa teoria afirma que os batistas não são protestantes, ou seja, não vieram da reforma, mas já existiam antes mesmo da reforma iniciada por Lutero. Mas vieram dos anabatistas (rebatizadores), um grupo de crentes que desde que a igreja romana desviou-se da verdade, apartaram-se dela e buscavam viver o que a Palavra ensinava. Entre esses grupos podemos destacar os montanistas, donatistas, novacianos, albigenses e valdenses. É feito um desenrolar histórico colocando os batistas de hoje como remanescentes destes grupos anabatistas do passado.
            O grande problema em relação a essa teoria é que os anabatistas não acreditavam na natureza humana de Cristo. Para eles Cristo era um espírito e não havia nascido de uma mulher. E seu radicalismo era muito grande, ao anabatistas viviam em comunidades, afastados das pessoas e devido a isso não havia a pregação do evangelho as pessoas.
A terceira teoria é a mais aceita academicamente, coloca a origem dos batistas no século XVII, como um grupo vindo dos separatistas e puritanos ingleses. A origem dos batistas historicamente é ligada aos dissidentes ingleses, ou movimentos de anticonformismo do século XVI. O movimento batista surgiu na colônia inglesa na Holanda, num tempo de reforma religiosa intensa. A primeira igreja batista nasceu quando um grupo de refugiados ingleses que foram para a Holanda em busca da liberdade religiosa em 1608, liderados por John Smyth, um clérigo e Thomas Helwys, um advogado, organizaram em Amsterdã, em 1609 uma igreja de doutrinas batistas. John Smyth discordava da Igreja Anglicana da qual ele era pastor após uma aproximação com os menonitas e, examinando a Bíblia, creu na necessidade de batizar-se com consciência e em seguida batizou os demais fundadores da igreja, constituindo-se assim a primeira igreja batista organizada. Até então, o batismo não era por imersão, só os batistas particulares, por volta de 1642, adotaram oficialmente essa prática tornando-se comum depois a todos os batistas. A primeira confissão dos particulares, a Confissão de Londres de 1644, também foi a primeira a defender o imersionismo no batismo.
Depois da morte de John Smyth e da decisão de Thomas Helwys e seus seguidores de regressarem para a Inglaterra, a igreja organizada na Holanda desfez-se e parte dos seus membros uniram-se aos menonitas. Thomas Helwys organizou a Igreja Batista em Spitalfields, nos arredores de Londres, em 1612. A perseguição aos batistas e a outros dissidentes ingleses, fez com que muitos emigrassem. O mais famoso foi John Bunyan, que escreveu sua obra-prima O Peregrino enquanto estava preso. Nos Estados Unidos, a primeira igreja batista nasceu através de Roger Williams, que organizou a Primeira Igreja Batista de Providence em 1639, na colônia que ele fundou com o nome de Rhode Island, e John Clark que organizou a Igreja Batista de Newport, também em Rhode Island em 1648. Em terras americanas os batistas cresceram principalmente no sul, onde hoje sua principal denominação, a Convenção Batista do Sul, conta com quase 15 milhões de membros, sendo a maior igreja evangélica dos Estados Unidos.
Em 1791, um jovem pastor inglês chamado William Carey criou a Sociedade de Missões no Estrangeiro, para dar suporte no envio de missionários, sendo a Índia o primeiro campo missionário.
As Igrejas Congregacionais Americanas enviaram Adoniram e Ana Judson em 1812, para evangelizar a Índia, com destino a Calcutá. O casal encontrou-se com o missionário batista William Carey e seu grupo de pastores, e aceitou a doutrina de imersão dos batistas e foram batizados pelo Pastor William Ward. Outro missionário congregacional, também enviado a Índia, Luther Rice tornou-sebatista. Os Judsons permaneceram na Birmânia, atual Myanmar, e Luther Rice voltou aos Estados Unidospara mobilizar os batistas para a obra missionária.
Consequentemente em maio de 1814, foi fundada uma Convenção em Filadélfia com o nome de "Convenção Geral da Denominação Batista nos Estados Unidos para Missões no Estrangeiro". Desde então missionários batistas foram enviados à América Latina, África, Ásia e Europa.

Conclusão
       Diante do exposto acima, fica muito difícil para alguém sustentar as duas primeiras teorias. A falta, principalmente, de evidências históricas já as desclassificam. Fica claro e evidente que os batistas surgiram mesmo com John Smyth e Thomas Helwys que vieram dos puritanos e separatistas ingleses. E também podemos perceber que entre os dois grupos de batistas, os gerais e particulares, estes últimos sempre foram os precursores da identidade batista. E que também fizeram grandes obras para o Reino de Deus. Os batistas não vieram de João Batista no Jordão e nem dos anabatistas. E isso, de forma alguma, pode de maneira alguma diminuir as credenciais desse povo chamado batista. Pois toda a doutrina e vida desse povo vêm diretamente dos ensinos de Cristo e dos apóstolos. Os batistas fizeram e continuam fazendo a diferença no mundo

 
BIBLIOGRAFIA

OLIVEIRA, Zaqueu Moreira de. Origem dos Batistas. Disponível em:< http://www.zaqueu.net/news.php?readmore=3>. Acesso em: 20 de Jan. de 2013.
PORTAL BATISTA. Somos QUEM Como Batista. Disponível em:< http://www.batistas.com/index.php?option=com_content&view=article&id=19&Itemid=12>. Acesso em: 20 de Jan. de 2013.
PORTAL BATISTA. Somos QUEM Como Batista. Disponível em:< http://www.batistas.com/index.php?option=com_content&view=article&id=19&Itemid=12>. Acesso em: 20 de Jan. de 2013.
OLIVEIRA, Oséas Costa . Origem dos Batistas. Disponível em:< http://solascriptura-tt.org/EclesiologiaEBatistas/OrigemBatistas-OCOliveira.htm>. Acesso em: 20 de Jan. de 2013.