Neste resumo serão
abordadas as teorias da origem dos batistas até o momento de sua expansão. Quanto
à história em si, vale fazermos uma pergunta em relação ao estudo: Por que
estudar a história dos Batistas? Será importante gastarmos tempo para
estudarmos sobre este assunto?
Podemos listar, no
mínimo, três motivos pelos quais devemos estudar a história dos batistas.
Primeiro, conheceremos como e de onde surgimos o que é de muita importância,
pois, através disso, saberemos sobre os principais motivos de luta dos
batistas, como a liberdade religiosa. Conheceremos também como foram gerados os
princípios batistas em que nós cremos. Iremos manter nossa identidade sem abrir
mão de nossa história. Valorizaremos nossa denominação dando crédito à história
e poderemos passar isso para todos os membros de nossas igrejas para que haja
coesão no rebanho.
Teoria
da Origem dos Batistas
Sobre a história dos
batistas temos três teorias. A primeira teoria é a chamada de sucessória ou JJJ
(referencia a Jordão, João, Jerusalém). Segundo esta teoria os batistas vieram
desde João Batista quando este batizava as pessoas no rio Jordão. Colocando
assim, a origem dos batistas antes mesmo dos apóstolos e do próprio Jesus. A ideia é que os batistas começaram a existir no rio
Jordão, com João Batista, quando este batizou Jesus. Historiadores como
Orchard, Cramp e Cathcart a defendam e ela tem muitos seguidores. Esta teoria
tenta ligar os batistas com João Batista e Jesus e traça uma linhagem
espiritual e teológica daqueles tempos até o surgimento da primeira igreja
batista no mundo. Esta teoria foi rejeitada pelos primeiros batistas, mas se tornou
popular nos Estados Unidos no século XIX, com o movimento denominado
landmarkista. Este afirmava que só os batistas são cristãos, rejeitando o
relacionamento ou atividades em conjunto com outros grupos, mesmo evangélicos.
Essa posição partia do argumento de que há uma sucessão de batistas desde o
primeiro século, sendo popularizada por um livro que foi traduzido para o
português com o nome de Rasto de sangue.
Mas esta teoria é vazia de evidências
históricas, o que já traz um grande problema para os defensores dela. Pois, uma
vez que, não há evidências qualquer um outro grupo poderia reivindicar para si
esta teoria. Outro problema com essa teoria é que o batismo praticado por João
no Rio Jordão é diferente do batismo praticado pela igreja. Há diferença na
simbologia do batismo.
A segunda teoria sobre a história
dos batistas é a teoria anabatista ou da continuidade. Essa teoria afirma que
os batistas não são protestantes, ou seja, não vieram da reforma, mas já
existiam antes mesmo da reforma iniciada por Lutero. Mas vieram dos anabatistas
(rebatizadores), um grupo de crentes que desde que a igreja romana desviou-se
da verdade, apartaram-se dela e buscavam viver o que a Palavra ensinava. Entre
esses grupos podemos destacar os montanistas, donatistas, novacianos,
albigenses e valdenses. É feito um desenrolar histórico colocando os batistas
de hoje como remanescentes destes grupos anabatistas do passado.
O grande problema em relação a essa
teoria é que os anabatistas não acreditavam na natureza humana de Cristo. Para
eles Cristo era um espírito e não havia nascido de uma mulher. E seu
radicalismo era muito grande, ao anabatistas viviam em comunidades, afastados
das pessoas e devido a isso não havia a pregação do evangelho as pessoas.
A terceira
teoria é a mais aceita academicamente, coloca a origem dos batistas no século
XVII, como um grupo vindo dos separatistas e puritanos ingleses. A origem dos batistas historicamente é ligada aos dissidentes
ingleses, ou movimentos de anticonformismo do século XVI. O movimento
batista surgiu na colônia inglesa na Holanda, num tempo de
reforma religiosa intensa. A primeira igreja batista nasceu quando um grupo de
refugiados ingleses que foram para a Holanda em busca da liberdade
religiosa em 1608, liderados
por John Smyth, um clérigo e Thomas Helwys, um advogado,
organizaram em Amsterdã, em 1609 uma igreja de doutrinas
batistas. John Smyth discordava da Igreja Anglicana da qual ele era pastor após
uma aproximação com os menonitas e, examinando a Bíblia, creu na
necessidade de batizar-se com consciência e em seguida batizou os demais
fundadores da igreja, constituindo-se assim a primeira igreja batista
organizada. Até então, o batismo não era por imersão, só os batistas
particulares, por volta de 1642, adotaram oficialmente essa prática
tornando-se comum depois a todos os batistas. A primeira confissão dos
particulares, a Confissão de Londres de 1644, também foi a primeira a
defender o imersionismo no batismo.
Depois da morte de John
Smyth e da decisão de Thomas Helwys e seus seguidores de regressarem para a
Inglaterra, a igreja organizada na Holanda desfez-se e parte dos seus membros
uniram-se aos menonitas. Thomas Helwys organizou a Igreja Batista em
Spitalfields, nos arredores de Londres, em 1612. A perseguição aos
batistas e a outros dissidentes ingleses, fez com que muitos emigrassem. O
mais famoso foi John Bunyan, que escreveu sua obra-prima O
Peregrino enquanto estava preso. Nos Estados Unidos, a primeira igreja
batista nasceu através de Roger Williams, que organizou a Primeira Igreja
Batista de Providence em 1639, na colônia que ele fundou com o nome
de Rhode Island, e John Clark que organizou a Igreja Batista de Newport,
também em Rhode Island em 1648. Em terras americanas os batistas
cresceram principalmente no sul, onde hoje sua principal denominação,
a Convenção Batista do Sul, conta com quase
15 milhões de membros, sendo a maior igreja evangélica dos
Estados Unidos.
Em 1791, um
jovem pastor inglês chamado William Carey criou a Sociedade de
Missões no Estrangeiro, para dar suporte no envio de missionários, sendo
a Índia o primeiro campo missionário.
As Igrejas
Congregacionais Americanas enviaram Adoniram e Ana Judson
em 1812, para evangelizar a Índia, com destino a Calcutá. O
casal encontrou-se com o missionário batista William Carey e seu grupo de
pastores, e aceitou a doutrina de imersão dos batistas e foram batizados pelo
Pastor William Ward. Outro missionário congregacional, também enviado a Índia,
Luther Rice tornou-sebatista. Os Judsons permaneceram na Birmânia,
atual Myanmar, e Luther Rice voltou aos Estados Unidospara mobilizar
os batistas para a obra missionária.
Consequentemente em maio de 1814, foi
fundada uma Convenção em Filadélfia com o nome de "Convenção
Geral da Denominação Batista nos Estados Unidos para Missões no
Estrangeiro". Desde então missionários batistas foram enviados
à América Latina, África, Ásia e Europa.
Conclusão
Diante do exposto acima, fica muito
difícil para alguém sustentar as duas primeiras teorias. A falta,
principalmente, de evidências históricas já as desclassificam. Fica claro e
evidente que os batistas surgiram mesmo com John Smyth e Thomas Helwys que vieram dos
puritanos e separatistas ingleses. E também podemos perceber que entre os dois
grupos de batistas, os gerais e particulares, estes últimos sempre foram os
precursores da identidade batista. E que também fizeram grandes obras para o
Reino de Deus. Os batistas não vieram de João Batista no Jordão e nem dos
anabatistas. E isso, de forma alguma, pode de maneira alguma diminuir as
credenciais desse povo chamado batista. Pois toda a doutrina e vida desse povo
vêm diretamente dos ensinos de Cristo e dos apóstolos. Os batistas fizeram e
continuam fazendo a diferença no mundo
BIBLIOGRAFIA
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Zaqueu Moreira de. Origem dos
Batistas. Disponível
em:< http://www.zaqueu.net/news.php?readmore=3>.
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