quinta-feira, 26 de julho de 2012
quarta-feira, 18 de julho de 2012
George Whitefield
“Conhecer
a história de homens que foram usados por Deus para impactar sua geração é algo
que todo cristão deve fazer. Ao conhecer um pouco mais de suas vidas, somos
confrontados a viver da mesma forma que esses homens e nos entregarmos a Deus
para sua obra. Espero que você seja inflamado com a chama que um dia inflamou o
coração desse pregador chamado George Witefield”. (Jhonathan
Alves)
Aí está
por que, digo eu, é certo celebrarmos a memória deste homem. Este homem foi
simplesmente um fenômeno. Não houve homem nenhum que fosse mais bem conhecido
em Londres há duzentos anos, do que este homem, George Whitefield. Quais são os
fatos a respeito dele? Deixem-me dar um breve sumário, a fim de tentar
propiciar uma conceituação do fenômeno conhecido como George Whitefield. Como
já lhes fiz lembrar, ele nasceu em Gloucester, na Estalagem do Sino ("The
Bell Inn"), em 16 de dezembro de 1714. Muitos dos seus antepassados tinham
sido clérigos da Igreja da Inglaterra, porém o seu pai não. Seu pai era o zelador da Estalagem do Sino, em Gloucester, e ali ele passou a sua meninice. Seu
pai morreu quando ele era muito jovem, e Whitefield nos conta em seu diário
que ele caiu em muitos pecados, na maioria daqueles pecados nos quais a juventude tende a cair. Mas nunca foi feliz,
sempre teve uma consciência sensível. Abandonou a escola por um tempo,
porém depois começou a achar que estava
errado. Durante o tempo em que deixou a escola, só esteve ocupado em
servir bebida, segundo o costume daquele bar de Gloucester. Todavia a sua consciência ainda o perturbava, e
ele voltou para a escola, e finalmente pôde conseguir ingresso numa
faculdade, em Oxford. Ali ,
como digo, recebeu a influência daquele
Clube Santo que tinha sido formado por Charles Wesley e alguns outros, e
que mais tarde recebeu a adesão de João Wesley. Tendo concluído o seu curso em
Oxford, foi ordenado pelo bispo Benson,
bispo de Gloucester naquele tempo, em 20 de junho de 1736, na idade de vinte e um anos. Pois bem, o bispo Benson tinha
feito uma regra segundo a qual não ordenaria ninguém com menos de vinte
e três anos de idade, mas tendo ouvido o que ouvira sobre esse moço
extraordinário, e tendo se encontrado pessoalmente com ele, resolveu quebrar a
sua própria regra, pelo que o ordenou
embora ele tivesse apenas vinte e um anos.
Em 27 de
junho, uma semana depois da sua ordenação, ele pregou pela primeira vez em
Gloucester, na Igreja de Sta. Maria, a Cripta, onde havia sido batizado na
infância e tinha participado pela primeira vez da Ceia do Senhor. Naturalmente,
este evento causou muito interesse, e talvez algum entusiasmo. Sua mãe era
muito conhecida como zeladora da Estalagem do Sino, e todos os parentes e
amigos, e outros, vieram ao culto; o resultado foi que a igreja ficou repleta.
Ora, este é o ponto interessante: logo neste primeiro sermão ele mostrou que
era um homem à parte, que havia algo incomum
acerca dele. O efeito sobre os ouvintes foi tremendo. Foi dito mais
tarde, e até foi levado ao conhecimento do bispo, que quinze pessoas tinham
ficado loucas por causa daquele sermão. O bispo Benson era um homem sábio, e
correu a informação de que o seu comentário foi: "Tudo que desejei e esperei
foi que a loucura não fosse esquecida antes
do domingo próximo seguinte".
Todavia, ele era um homem sábio, e compreendeu que ali estava um
pregador deveras incomum. Já o primeiro
sermão de Whitefield o marcou como um pregador inteiramente excepcional,
na idade de, lembrem-se, vinte e um anos.
Não devo cansá-los com mais detalhes. Ele veio a Londres pela primeira vez em agosto
do mesmo ano de 1736. Seu primeiro sermão em Londres foi pregado em Bishopgate. O posto
que veio a ocupar consistia em atuar como substituto do capelão da Torre
de Londres, porém lhe foram dadas oportunidades de pregar noutros lugares e,
de novo, no momento em que começava a pregar ele atraía a atenção, e atraía
multidões. O povo jamais ouvira pregação como a dele. Em vez de ler um prosaico
tipo de ensaio, que se supunha servir como um sermão, ele era um homem que
pregava com todo o seu ser, com autoridade, poder e convicção - e,
imediatamente, toda vez que pregava, as igrejas ficavam cheias, atulhadas.
Depois de
passar cerca de dois meses aqui em Londres, ele foi substituir um amigo numa
paróquia de Hampshire. Deu-se ali exatamente o mesmo. Como resultado disso,
foram-lhe oferecidas muitas paróquias e se lhe apresentaram muitas possibilidades e perspectivas de êxito e de
progresso na Igreja da Inglaterra.
Mas, sob a influência dos seus amigos João e Charles Wesley, que estavam
na Geórgia, EUA, procurando fazer alguma obra missionária,
sentiu-se chamado para ir à Geórgia e, assim, decidiu definitivamente que era o
que devia fazer. Não havia navio disponível imediatamente, e havia vários arranjos para fazer, de modo que
ele pôde voltar a Gloucester para despedir-se de sua mãe, dos amigos e
dos parentes. Ele pregou lá, e mais uma vez foi notável. Em certo sentido,
ficou provado que esse foi um ponto decisivo
da sua vida e carreira. Ele tinha alguns parentes em Bristol, cidade
vizinha de Gloucester, e queria despedir-se deles antes de partir para a
Geórgia. Por isso foi para lá. Toda vez que ele ficava sabendo que haveria algum tipo de preleção ou prédica nalguma
igreja num dia de semana, sempre comparecia. Assim, em Bristol ele foi a
uma certa igreja e ali estava sentado com a congregação, quando o homem que deveria pregar reconheceu-o, foi até ele
e lhe pediu que pregasse em seu lugar.
Diz Whitefield: "Sucedeu que eu tinha as anotações de um sermão no
bolso, de modo que concordei em pregar". E o fez. Esse foi, num sentido, o
começo do real fenômeno de George Whitefield. A congregação ficou toda
eletrizada. Ele pregou noutras igrejas, e estas transbordantes também ficaram
transbordante de gente. O povo vinha de toda parte, e nas igrejas ocupava todos
os cantos - junto aos candelabros, no sótão, na galeria, em qualquer ponto,
para estar no edifício e ouvi-lo. Pois bem,
isso é assombroso. Ele pregou em Bristol pela primeira vez em janeiro de 1737. Houve atrasos, e ele ainda não pôde ir
para a Geórgia, e assim pôde fazer mais uma visita a Bristol, em maio de
1737, chegando ali no dia 23. Eis aqui uma
coisa que ajudará vocês a perceberem que fenômeno era este homem.
Lembrem-se, ele era apenas um jovem de
vinte e dois anos de idade, mas é isto o que ele diz sobre a sua segunda
visita a Bristol: "Multidões vinham a
pé ao meu encontro, e muitos vinham em carruagens a uma milha de distância, e quase todos me saudavam e me abençoavam
quando eu andava pela rua". Vocês podem imaginar isso? Um jovem de vinte e
dois anos! Gente caminhando uma milha, viajando em carruagens para
encontrar-se com ele. Era uma espécie de
"desfile real", e tudo resultante da sua admirável e espantosa
pregação. E continuou assim - de volta a Gloucester, em seguida a Oxford
e depois a Londres. Consta que entre agosto
e o Natal de 1737 ele pregou cem vezes, e cada vez a auditórios
repletos. Ele se tomou um dos homens mais famosos de toda a cidade de Londres,
e de todo o país. Havia naquele tempo uma revista muito popular chamada Revista do Cavalheiro ("The
Gentleman's Magazine"), e para alguém ter o nome nela era um feito
e tanto. Pois bem, em novembro de 1737 houve um poema sobre George Whitefield
na Revista do Cavalheiro, e ele ainda tinha somente vinte e dois anos
de idade. Nove sermões dele foram publicados em 1737, e todos tiveram realmente
grande venda.
Então,
afinal, ele pôde ir para a América, e lá passou a maior parte de 1738. Agora,
lembrem-se, este ano de 1738 é o ano em que os dois irmãos Wesley foram convertidos, durante o mês de maio. Todavia
Whitefield voltou à Inglaterra no fim de 1738, por vários motivos. Ora, isto
nos leva ao grande ano de 1739. Voltando aos seus velhos recantos - Gloucester,
Bristol, etc. - começou a ouvir sobre a terrível condição dos mineiros que
viviam naquela vila de Kingswood, situada nos limites de Bristol. Eles levavam
vida muito depravada. Whitefield preocupou-se com eles. Aqueles homens nunca
tinham chegado perto de um lugar de culto,
pelo que ele achou que devia ir a eles, e foi um dia e pregou a apenas
uns cem deles. Mas, de novo, o efeito foi tão tremendo que daí em diante ele começou a pregar a pelo menos cinco mil deles
por vez. Estes homens saíam da mina, não tinham tempo de lavar-se; ficavam de pé, ouvindo; e ali ele lhes pregava. Conta-se que logo ele estava pregando
a vinte mil pessoas, todas a ouvi-lo de pé, ao ar livre. E depois disso, como
eu disse a vocês, ele influenciou os irmãos Wesley a fazerem a mesma coisa.
Entretanto,
quando Whitefield voltou da América, viu que se operara uma grande mudança
aqui em Londres, na atitude dos clérigos e dos pastores para com ele. Quando
partira, estava na crista da onda da popularidade, mas quando voltou viu que
muitas portas estavam fechadas para ele. Por quê?
Bem, houve muitas
razões para isso. Alguns dos seus
convertidos haviam sido um tanto imprudentes, tinham agido de um modo
impróprio do evangelho, e tinham tornado hostis os seus próprios clérigos e
pastores. Além disso, alguns membros do clero realmente nunca tinham gostado da
sua pregação sobre a necessidade absoluta do novo nascimento. Acima de tudo,
partes do Diário que ele tinha começado a produzir tinham sido publicadas, e
eles achavam que isso era exibicionismo, e
que ele estava dizendo coisas que não devia dizer. Estas coisas, sem
dúvida, além de muita inveja, fizeram que
muitas igrejas se fechassem para
ele. Assim, ele foi impelido mais ainda ao ar livre. Negaram-lhe permissão
para pregar na Igreja de Santa Maria, em Islington; justo quando ele estava
para entrar no púlpito, foi detido. Aí ele resolveu então encerrar
tranqüilamente aquele culto. Depois levou o povo para fora e lhe pregou no
pátio da igreja. Tudo isso agravou a situação e os ataques que lhe moviam se
tornaram realmente incríveis. Foram feitos ataques ao seu caráter moral,
ofendendo até a sua aparência pessoal. Whitefield tinham a infelicidade de ter
um olho vesgo, e assim era conhecido pelo povo, pela multidão popular de
Londres, como o "Doutor Olho Torto" ("Doctor Squintum").
Isso, porém, não fazia a menor diferença. O ponto era que ele era este bem
conhecido pregador, e foi como a sua vida continuou.
Ele iria pregar em
Moorfields Common , iria pregar em Marylebone Fields
- logo ao norte da atual Rua Marylebone. Iria pregar no que então se
chamava Feira de Maio, "May Fair", que agora chamamos
"Mayfair". Ele costumava pregar em Kennington Common.
Costumava pregar em Blackheath. De fato, em qualquer lugar onde houvesse um grande espaço aberto, Whitefield só
tinha que se levantar e pregar, e
milhares se reuniam para ouvi-lo. A média de seus ouvintes estava nalgum
ponto próximo dos vinte mil por vez e,
lembrem-se, todos eles tinham que ficar de pé. Não obstante, eles o
faziam com a maior boa vontade.
Ele
simplesmente continuou fazendo isso pelo resto
da sua vida. Fez isso em toda a Inglaterra, fez isso em Gales, como já
lhes falei, fez isso na Escócia, fez isso na América. Assim, este fenômeno
continuou. Quando se ouvia que ele estava nas imediações e logo ia pregar,
lojistas fechavam imediatamente as suas
lojas, pois tinham que ouvi--lo; homens de negócio esqueciam os seus
negócios, lavradores largavam os seus instrumentos de trabalho. Ele podia
conseguir um auditório de milhares a
qualquer hora do dia ou da noite; ele podia consegui-los e mantê-los na neve, na geada, no gelo e na chuva -
não importava quais eram as condições. Na América, num inverno muito frio,
eles costumavam ficar de pé aos milhares ouvindo este homem pregar o evangelho, e os ouvintes percorriam distâncias
intermináveis para terem esta grande oportunidade e privilégio.
Posso
resumir o restante da sua vida dizendo-lhes apenas isto - desde aquele início
ao ar livre daquela maneira em 1739, ele
simplesmente continuou fazendo isso em todos estes países até que, por
fim, às primeiras horas da manhã do dia 30 de setembro de 1770, expirou seu
último alento e partiu para estar com
aquele Senhor que anelara ver desde
os seus primeiros dias como jovem pregador. Seu fim é muito
característico da sua personalidade. Ele
não estava bem de saúde. O admirável é que ele viveu o tempo que viveu.
Pois este homem costumava pregar cinco ou seis vezes por dia. Isso era coisa
comum para ele, e assim ele punha o seu corpo sob uma tensão tremenda. Lá
estava ele; tinha prometido pregar num lugar chamado Newbury Port, na Nova Inglaterra, domingo, 30 de setembro de
1770, e estava viajando naquela direção. Ele teve que passar por um lugar
chamado Exeter, e quando ouviram que ele
estava lá, vieram todos em multidão. Ele tinha que pregar-lhes, e afinal o
persuadiram a fazê-lo. A princípio ele mal podia falar. Estava em condição
física tão fraca, que não conseguia articular as palavras. Ele começou
devagar, e aos poucos começou a reviver. Acabou
pregando para eles por duas horas. Esse era George Whitefield. Ele se
encheu de poder e de forças, e os ouvintes, como de costume, ficaram
profundamente impressionados. Depois chegaram ao
lugar onde devia ficar aquele sábado à noite, em Newbury
Port e, por fim,
disse que ia dormir. Deram-lhe um castiçal com uma vela, mas o lugar estava
cheio de gente. Para onde fosse, as pessoas se aglomeravam em torno
dele, fazendo perguntas, querendo ter uma palavra dele. Este último
quadro dele é maravilhoso, idílico. Ele tentou afastar-se delas, e começou a subir a escada, com a vela
acesa na mão. Depois se voltou e lhes falou de novo, fazendo-lhes outra
exortação. Continuou com a prática até que a
vela se queimou da ponta ao bocal, e
ele só ficou com o castiçal na mão. Finalmente ele foi para o quarto e
para a cama. Teve um forte ataque do que hoje denominamos asma cardíaca, e
morreu. Simplesmente foi, como digo, estar com o Senhor a quem ele tanto amava.
Quando vocês lerem os seus maravilhosos diários, prestem atenção no modo como ele ansiava estar com o Senhor. Não
era um simples falar; era isso que ele queria dizer; ele foi repreendido
algumas vezes por dizer isso, porém era o
seu maior desejo, e afinal isso lhe foi concedido. Bem, aí está o
fenômeno abarcado pelo nome de George Whitefield, e aí está por que é bom
lembrar-nos disso tudo.
Ali estava um
homem capaz de pregar daquela maneira a todas as classes. Havia muitos que o
seguiam, dentre os membros da aristocracia daqui de Londres. A condessa de
Huntington achava que não havia nenhum homem como ele, como pregador, e
costumava abrir as salas da sua grande casa e convidar todos os principais
elementos da aristocracia da época para ouvi-lo; e eles se deliciavam ouvindo
Whitefield. Ele era o maior desses pregadores que pregavam para a
aristocracia, todavia como lhes fiz lembrar, ele era também o maior pregador
para os mineiros, o maior pregador para as multidões de Moorfields, Kennington
Common e de onde mais acontecia ele estar.
Ele podia pregar igualmente bem às crianças do orfanato. Que homem
estupendo e admirável ele era!
Ele
também era supremo na questão de coletar dinheiro. Ele fundou um orfanato na
Geórgia, e o custo para mantê-lo era muito
grande. Assim, ele se acostumou a pregar um sermão e, depois, levantar
uma coleta. Costumava conseguir enormes coletas de dinheiro, e com esse dinheiro também costuma-
va ajudar quem quer que estivesse em necessidade, qualquer pessoa pobre, todo aquele que
estivesse em dificuldade. Toda a Inglaterra falava dele. Sempre se sabia
quando ele estava em Londres, e ele atraía gente de todas as classes ou de
todas as camadas da sociedade.
Por Martyn Lloyd-Jones
(Livro João Calvino e George Whitefield)
Uma Análise do Impacto da Igreja no Mundo
Observamos
na história da humanidade, que o homem sempre procurou uma forma de consertar o
mundo, mas todas as tentativas foram mal sucedidas.
Quando o
Senhor Jesus subiu aos céus, Ele deixou uma igreja que tinha aprendido e
aprendia com Ele todos os dias, uma igreja viva, causadora de impacto na
sociedade ao ponto de dizerem que eles estavam alvoroçando o mundo, uma igreja misericordiosa
que não desamparava aqueles que faziam parte dela quando estes estavam passando
por necessidades, mas de bom grado tudo lhes era em comum, uma igreja que não
tinha medo de morrer por causa de Sua fé, uma igreja que desafiou Reis,
Imperadores, e amou intensamente a Deus! Após isso a história nos informa a continuação
dessa igreja, que infelizmente, após a morte de suas primeiras gerações,
começou a desviar-se de sua missão. Deixou de amar a Deus e permitiu a entrada
de pensamentos de homens e do Diabo. Entramos na idade média, a igreja católica
já havia se tornada romana toma o monopólio do mundo e ao invés de contribuir
para o desenvolvimento de um mundo melhor, contribui para um mundo extremamente
pior. No período da idade média, a igreja tomava conta do estado, não havia
separação, sendo que a igreja comandava tudo. Poderia ser maravilhoso se essa
igreja não tivesse se desviado do seu Deus! Neste período de vários anos
morreram muitas pessoas, o conhecimento humano não pode se desenvolver, pois a
igreja não aceitava, condenando a morte aqueles que buscavam as descobertas
científicas. Não é a toa que este período é chamado de idade das trevas, parece
uma contradição horrenda, mas infelizmente não era, a igreja que Jesus disse
que deveria brilhar no mundo, estava era escurecendo o mundo, tudo por que
estava longe de Deus e calava toda boca que se levantava para dizer que estava
errado. Neste tempo a Palavra de Deus foi escondida, as pessoas não tinham
acesso às sagradas escrituras, nem para ouvir, nem para ler. A igreja romana
falava para as pessoas que para serem salvas deveriam comprar pedaços de cruz
para obter a salvação, e várias outras invencionices, chamados de indulgências.
Este período foi chamado literalmente de idade das trevas. E quem sofreu foi a
humanidade, o homem sofreu, pois no fim deste período, quando a igreja católica
estava enfraquecendo, surgiram muitas ideologias, de pessoas que estavam
decepcionadas com a igreja, descrendo do deus apresentado por essa igreja, e
longe de conhecer o verdadeiro Deus. Ideologias que colocavam o Deus verdadeiro
cada vez mais de lado de suas vidas, foi neste novo período que nasceu o
evolucionismo, onde descarta a criação do universo por Um Ser Supremo, e fica a
cargo do acaso. E é logo aceita, pois o descontentamento do homem com a igreja
era completo, pois a igreja que deveria contribuir para a melhora do mundo,
contribuiu para piorar ainda mais a situação. Vem o iluminismo, o renascimento,
trazendo em suas raízes ideológicas uma distancia extrema de Deus e levando o
comando do mundo para o homem. Surge pensamentos chamados de positivismo e
cientificismo em que pelo advento da ciência, o progresso das descobertas
cientificas ocasionou um pensamento que dizia o seguinte: não queremos Deus,
Deus morreu, como falou Nietzcher.
Agora chegou
a vez do homem fazer seu próprio destino, o homem se tornou Senhor de sua
própria história. Este pensamento reinou em todo este período e vem a decepção
da humanidade com o que o homem fez com a ciência que ia acabar com a miséria,
violência, com o sofrer humano. A ciência é usada não para o bem, mas para o
mal, são duas guerras mundiais com milhares de mortes, com a fome aumentando
cada vez mais e um mundo em decadência total. Entramos na idade contemporânea
com o homem suspirando, contrariado e decepcionado com o próprio homem que Deus
há muito já havia falado que é incapaz de viver bem em todas as suas dimensões
devido algo que ele é, o pecado. O homem não é um ser bom como dizem alguns
filósofos, mas como Deus já disse o homem é pecador, necessitado da graça de
Deus para produzir algo bom em todas as suas dimensões como Jesus. E a história
nos mostra também isso incontestavelmente. A humanidade geme, suspira por
redenção, as pessoas andam desgarrados como ovelhas que não tem pastor. E o
clamor de Jesus continua ecoando, clamem ao Senhor da seara que mande mais
ceifeiros para sua seara. Vemos no nosso país uma igreja fraca, muito fraca,
uma igreja confusa, perturbada, que vai atrás de qualquer novidade, que não tem
um alicerce sólido, firme e fundamentado em Jesus. São líderes explorando as pessoas sofredoras,
arrancando até a ultima gota de dinheiro, se possível arrancando até a última
gota de seu sangue. É como se voltássemos à idade média, está sendo dado as
pessoas não a água viva, mas a água milagrosa, meias milagrosas que custam um
dinheiro absurdo, pode comparar isso com as indulgências da igreja católica na
idade média, parece que estamos voltando a idade das trevas no âmbito religioso.
Não é mais apresentado para as pessoas o Jesus Senhor, Salvador do mundo, mas
um Jesus escravo que está pronto para satisfazer todos os nossos caprichos no
momento que estalarmos nossos dedos, a Palavra de Deus não está sendo mais
pregada em Sua totalidade, mas somente aqueles pontos que satisfazem a ganância
dos líderes.
Por outro
lado a situação social e política que enxergamos hoje são caóticas. Vemos todos
os dias a situação do nosso país nos telejornais, são crianças matando pessoas
de forma cruel, as maiores atrocidades que podemos imaginar estamos vendo
passando todos os dias na televisão. São pessoas vivendo sob a autoridade de
traficantes que comandam um ramo empresarial altamente lucrativo e em
ascendência cada dia que passa, com cada dia aumentando o número de usuários de
drogas. A política que deveria estar preocupada com a educação, saúde, em
acabar com a miséria no nosso país, em acabar com o desmatamento de nossas
florestas, com a própria violência está apenas preocupada em encher os próprios
bolsos de dinheiro e o cidadão que todo dia sofre trabalhando em situações até
desumanas e escravas é que se lixe. Podemos ver claramente a violência e
crueldade aumentando e quase ninguém preocupado com esta situação, mas preocupado
consigo mesmo.
Desta exposição nos vêm algumas
perguntas:
Existe igreja de Cristo no mundo hoje?
Se existe onde está?
A igreja de
Cristo existe e está trabalhando com todas as suas forças, lutando e morrendo
nos campos de batalhas por aí a fora. Muitos morrem por Jesus, muitos se
sacrificam por Cristo, nós não os conhecemos, mas Deus e o inferno os conhecem
e eles são amados de Deus e odiados do inferno.
Qual impacto a Igreja de Cristo está
deixando na sociedade brasileira? São tão poucos assim?
As fontes de
pesquisas que realizam censos como o IBGE, afirma nas suas pesquisas que o
número de evangélicos no Brasil crescem de forma muito grande no decorrer dos
últimos anos, mas na vida da sociedade não parece, o divórcio cada dia aumenta
mais o índice, a violência, o tráfico e etc. E perguntamos cadê essa igreja?
Infelizmente está crescendo o número de evangélicos no Brasil, mas não o número
de cristãos. Vemos aglomerações de pessoas para shows gospel, marchas pra Jesus,
eventos dos mais variados tipos (não estou aqui dizendo que isto é errado ou
sem valor algum), são realmente multidões, mas são somente para isso e nada
mais, como se o Reino de Deus consistisse apenas, ou somente, nessas coisas.
São pessoas que estão dentro dos templos evangélicos, mas não se tornaram
templos do Espírito de Cristo, gostam do ambiente, das amizades, das
programações recreativas, mas não gostam de se sacrificarem por Cristo. Vemos
alguns que fazem à diferença, mas são muito poucos para a quantidade que
demonstramos ser.
Eu faço parte da igreja de Cristo?
Chegou à
hora de examinar-mos se fazemos parte da igreja de Cristo ou não, chega de nos
enganarmos pensando que está tudo bem, chega de ouvirmos a voz de falsos
profetas dizendo que há paz, há paz, sendo que não há nem um pouco de paz. Verifiquemos
se realmente fazemos parte dessa igreja que sofre por Cristo, que se sacrifica
por Cristo, que ama mais a Cristo do que seus parentes, que ama mais a glória
de Deus do que a de homens, que não mede esforços para fazer Cristo conhecido,
que abre mão de um templo luxuoso para alimentar os necessitados, que ama a
Palavra de Deus mais que o alimento diário. Se você ver que faz parte vamos dar
as mãos, colocar nossos joelhos no chão e clamar a Deus por Seu poder para
sairmos por aí espelhando Sua glória. Se você não faz, hoje, agora Deus lhe
convida para fazer parte dela.
O que faço pra fazer parte dessa
igreja transformadora?
Basta você
dizer para: Ele Senhor eis-me aqui, usa-me, faz de mim um vaso de honra, um
soldado do Teu exército. Abandone tudo que lhe impede e peça força e poder a Deus
e ele lhe dará. Então abrace a vontade de Deus para Sua vida.
Pra que a igreja de Cristo existe? Por
que Jesus deixa aqueles que vão sendo salvos no mundo? Qual nosso papel no
mundo? Pra que eu existo?
Para ser luz
num mundo de trevas, brilhar em meio a escuridão, Jesus não lhe chama para ser qualquer
um, mas para ser um ganhador de almas, um pescador de homens, um agente
transformador da sociedade. Não precisa você ser pastor, missionário ou ter
qualquer título religioso, mas onde você estiver você pode fazer a diferença e
brilhar como astro em meio à escuridão.
Como eu, sendo igreja de Cristo, posso
realizar a vontade de Deus para Sua glória?
Se colocando
à disposição de Deus:
Indo para a
guerra;
Provendo
sustento para os que estão nos campos de batalha;
Derramando-se
diante de Deus por aqueles que estão nos campos de batalha;
Pregando a
todos que você tiver oportunidade e em todos os lugares, pedindo sempre a Deus
para que a chama por Ele esteja sempre ardendo em seu coração.
Soli Deo
Gloria
Por
Jhonathan Alves
segunda-feira, 2 de julho de 2012
Aprendendo a Evangelizar com Jesus
Esta mensagem foi pregada
por mim no dia 02 de outubro de 2011 na Igreja Batista Atos. Minha oração é que
Deus fale profundamente ao seu coração e desperte você para obra que Ele está
fazendo no mundo.
Texto Base: João 4.5 -
35
Introdução: O maior exemplo de todo
cristão em todas as áreas de nossa vida, sem dúvida alguma, deve ser o Senhor
Jesus Cristo. A Bíblia diz que Ele deve ser nosso alvo, aquele para quem
devemos olhar firmemente, conforme relata em hebreus 12: 2.
Se não nos espelharmos em Jesus em nossa obra de evangelização, não
teremos êxito para propagar a Palavra de forma eficaz. Os métodos ensinados nas
palavras de Jesus nos são suficientes para sermos instrumentos de Deus para
glorificá-lO através do evangelismo. E todas as estratégias de evangelismo, se
não tiverem concordância com as palavras de Jesus, não serão usadas para glória
de Deus. Por isso devemos aprender cada dia mais a evangelizar com Jesus, a fim
de podermos refletir a glória de Deus no nosso evangelismo.
Tese: Cristo anunciou o evangelho às pessoas que teve
oportunidade, mostrando-as qual era sua maior necessidade e jamais Ele perdeu o
foco.
I – Temos que anunciar
o evangelho às pessoas que tivermos oportunidade (V. 7-10).
1 – Na passagem citada acima observamos Jesus fazendo
algo totalmente contrário à tradição judaica: Ele começa um diálogo com uma
mulher. Certo comentário rabino diz o seguinte sobre o assunto: “ Um homem não
deve começar conversa alguma com uma mulher, na rua, nem mesmo com sua
própria esposa; e muito menos ainda, com qualquer outra mulher, para que os
homens não venham a murmurar”. (Strack and Billerbeck,
Kommentar zum N. T. aus Talmud und midrasch. II. 438.).
Era preferível, segundo eles, queimar as palavras da
Lei a ensiná-las a uma mulher.
2 – Além das diferenças de homens com as mulheres, havia algo que impedia
mais ainda a comunicação de Jesus com aquela mulher, ela era samaritana. Os
judeus e samaritanos eram inimigos ferrenhos e muitas mortes aconteceram devido
às suas várias divergências religiosas.
3 – Jesus além de falar com uma mulher (o que era proibido conforme
tradição judaica), samaritana, ela era uma mulher adúltera, conforme as
palavras de Jesus nos versículos 16 ao 18. Isso fazia daquela mulher uma pessoa
indigna de se falar. O desprezo para com essas pessoas era enorme, pois
viviam numa sociedade muito religiosa que pensava ser perfeita e livre de
qualquer pecado. Tanto que Jesus foi várias vezes criticado por andar com
pecadores.
Mas nada disso: tradição, preconceito ou diferenças religiosas impediu
Jesus de compartilhar o evangelho com aquela mulher. Nem nós devemos deixar
de pregar o evangelho para qualquer tipo de pessoa. Às vezes permitimos que
algum desses motivos nos impeça de anunciar o evangelho, mas não podemos deixar
com que coisas tão surpéfluas faça com que nós paremos de avançar o reino de
Deus.
II - Temos que
mostrar aos homens sua maior necessidade (V. 11-19).
1 – No v. 13 e 14 Jesus apresenta para a mulher uma
água que Ele poderia dá-la e nunca mais ela teria sede. Ele estava falando de
uma água espiritual, mas a mulher não entendeu a proposta de Cristo, ela queria algo que não era sua real
necessidade nos v. 15, ela pede essa água para satisfazer sua necessidade
física.
2 – Mas Jesus a conduz numa conversa mostrando que ela era pecadora e fazendo-a
entender que a maior necessidade dela era que ela precisava conhecer a Deus e como adorá-lo (v. 18-24).
3 – Mas para fazermos isso devemos ser profetas de Deus (v. 19), fiéis as palavras de Deus,
não deixando de anunciar todo o desígnio de Deus. Hoje muitos estão pregando um
evangelho que traz alívios puramente humanos e nada mais. A palavra de vida
eterna cada vez mais fica longe da boca de muitos líderes evangélicos. E cabe a
nós a mudança deste quadro vergonhoso do evangelicalismo brasileiro.
III – Temos que permanecermos focados em nossa missão
(V. 27,31-34).
1 – No verso 8 os discípulos vão à cidade dos
samaritanos comprar comida e não pregam o evangelho para ninguém. Eles não evangelizam
nenhuma pessoa de Samaria, enquanto Jesus aproveita a oportunidade que teve e
ganhou muitos samaritanos. Percebemos que os
discípulos perderam seu foco na ida até Samaria, talvez deixaram que
tradição, preconceito ou divergências religiosas os calasse, conforme o verso
27.
2 - Jesus considerava sua missão acima até de suas
necessidades humanas (v. 34). Quando os discípulos voltam e oferecem comida a
Jesus, Ele os ensina que não devem perder o foco. Ele nos dar uma grande lição:
devemos estar sempre focados na missão que Deus nos deu de pregar o evangelho a
toda criatura (v. 34).
3 – E Ele ainda alerta da grande necessidade de
atentarmos sempre para nossa missão, pois os campos estão brancos (v. 35). Chega
de perdermos tempo com coisas sem valor algum e passageiras. Temos que nos
empenhar nas coisas eternas, gloriosas, trabalhar em prol do reino daquele que
morreu por nós e nos comprou com seu próprio sangue.
Conclusão: Quando olhamos para Cristo enxergamos
Nele o melhor e maior evangelista de todos os tempos, Ele é nosso exemplo mais
perfeito, Sua graça, sabedoria e autoridade nos deixam impressionados. Ele
jamais deixou de anunciar o evangelho a alguém que teve oportunidade, não
deixou que preconceitos culturais, sociais, religiosos e etc, O atrapalhassem,
sempre foi fiel a Deus em Sua mensagem, falava a verdade, não amaciava o ego
das pessoas, mas deixava bem claro que o homem é pecador e precisa urgentemente
do perdão de Deus. Ele jamais deixou de lado Seu objetivo, ainda que a dor,
sofrimento e perseguição fossem grandes na Sua vida, ao ponto de fazerem-no
suar sangue, Ele permaneceu no caminho que Deus queria, deixando de lado todas
as coisas, inclusive sua própria vida.
E você está
disposto a abrir mão de sua própria vida para viver para glória de Deus?
Que Deus os abençoe!
Em Cristo
Jhonathan Alves
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