Mas o que nos deixa mais impressionados é que esse
pensamento não está somente na visão secular, mas também na mente de muitas
pessoas que estão dentro das igrejas. Mas no Reino de Deus não é assim! É
totalmente ao contrário e não podemos aceitar na igreja pessoas que não querem
servir ao seu próximo, porque o nosso chamado foi para servirmos a Deus e ao
próximo e não para sermos servidos. No mundo pode ser assim, mas na igreja não
importa sua classe social, suas posses, seu status... Todos são iguais e no
mesmo patamar, nenhum é maior que o outro.
Mas para
começo de conversa vamos ver o que significa servir ou ser servo?
Existem duas palavras no Novo Testamento grego (língua
original em que foi escrito) que se referem a ser servo e servir: “doulos” e “diakonos”. Doulos:
Literalmente significa escravo. Como no caso de Lucas 7: 2 (E o servo do
centurião...). Essa palavra era a mesma usada para os escravos do Centurião. Mas
os apóstolos a usaram também como escravo de Deus com ênfase na sua
reivindicação exclusiva: Romanos 1: 1 (Paulo, escravo ou servo de Jesus
Cristo...). Diakonos: Literalmente servo
ou empregado. Em Mateus. 20: 26 diz que “Aquele que quiser ser o maior será
vosso serviçal”. e em João 2: 5 “Maria disse aos empregados...”.
Existe
alguma diferença entre diakonos e doulos?
Doulos se refere a nossa posição diante do
Senhor, ou seja, como deveríamos nos considerar diante do nosso Senhor. Enquanto
que Diakonos se refere a nossa ação diante do Senhor, diz respeito ao
seu serviço em prol da Igreja, dos seus irmãos e do seu próximo, em prol da comunhão, quer o serviço se realize ao servir à mesa, com a palavra, ou de alguma outra maneira.
Então
quer dizer que fomos chamados para ser servos ou escravos?
Entregar
nossa vida a Cristo é nos tornarmos escravos Dele: Somos possessão absoluta de Cristo. Jesus nos amou e nos comprou
mediante um alto preço (1 Co. 6.20). Por isso, não podemos pertencer a mais
ninguém além de Jesus Cristo. Nós devemos sentir prazer em fazer a Sua
vontade: Devemos à Cristo obediência absoluta. Não
temos vontade própria; Nossa vontade é cativa à vontade do nosso senhor. As
decisões do seu senhor são as que regem a nossa vida. Paulo não tem outra
vontade senão a de Cristo. Seu projeto de vida é obedecer a Ele. Ser servo de
Cristo é a maior honra. Esse é o mais elevado dos títulos.
A escravidão cristã não é uma sujeição humilhante e degradante; pelo
contrário, como disse Agostinho, quanto mais servos de Cristo somos, mais livres
nos tornamos. Ser escravo de Cristo é ser rei. Ser escravo de Cristo é o
caminho para a liberdade perfeita. Porque somos escravos de Cristo, somos
livres da penalidade, da escravidão do pecado e do diabo e merecedores da condenação
eterna.
Se
formos escravos a quem devemos servir?
Devemos servir a Deus, nosso Pai, Senhor, Amigo,
Conselheiro, Deus Forte e príncipe da Paz. Devemos Servir a igreja de Cristo, Paulo
foi exemplar nisso e por causa disso passou por momentos angustiantes em sua
vida, mas vale a pena (II Cor. 11. 24 – 28), devemos servir ao nosso próximo,
aquele que é semelhante a nós, criado pelo mesmo Senhor (João 13. 4 – 17).
Por
fim quais atitudes a bíblia nos fornece que identificam um servo?
Um servo não busca glória para si mesmo; Um servo
não se considera maior que os outros; Um servo não busca somente seus próprios
interesses; Um servo é humilde (Filipenses 2. 6 – 8).
Que Deus faça de nós servos verdadeiros e sinceros. Vamos
lançar para longe o desejo de ser servido e trabalharmos para o nosso Senhor
com coragem e fé naquele que está conosco todos os dias. Se nem mesmo o Filho
do homem, Jesus, veio para ser servido, mas para servir e dar a Sua vida em
resgate de muitos, quem somos nós para não seguirmos o exemplo do nosso Mestre?
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