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sábado, 31 de maio de 2014
As Bençãos de Deus para a Sua VIda: Bençãos da Graça
Este texto é uma síntese dos
capítulos III e IV do Manual de Teologia de John Leadley Dagg, um grande pastor
teólogo batista que viveu durante o século XIX.
No capítulo III do sétimo
livro, John Dagg trata acerca das Bênçãos da Graça e no capítulo IV sobre a Soberania
da Graça. O autor nos leva nesses dois capítulos a nos aprofundarmos no grande
amor de Deus em nos conceder bênçãos preciosíssimas mesmo sem nós merecermos.
Os decretos divinos para
realizar nossa salvação nos revelam o imenso amor do Pai por nós. Isso é o que
Dagg vai argumentar nos capítulos citados, além de levantar objeções às
doutrinas da graça que vez por outra ouvimos, e respondê-las com base nas Escrituras.
A leitura atenciosa desta
obra nos levará mais profundo no conhecimento da nossa salvação. E como o
apóstolo Paulo disse, diremos nós também que “...o amor de Cristo nos constrange...”. Amor tão imenso e demonstrado
pelo que Ele planejou e executou por nós. Esse amor também nos repele mais ainda
a amá-lo e a dedicar toda nossa vida a Ele.
sábado, 19 de abril de 2014
Colóquio de Hermenêutica I: Salvos pela Fé ou pelas Obras?
E.
Este
colóquio foi elaborado para a aula de Hermenêutica no Seminário
Teológico. As três postagens abordam três assuntos específicos: Relação entre Fé
e Obras, Ordenação Feminina ao Pastorado e as palavras de Jesus sobre
Pedro ser ou não a Pedra. Este primeiro texto aborda o primeiro assunto
mencionado. Então vamos aprender um pouco mais sobre a Palavra de Deus nessa primeira postagem.
Qual a relação da fé salvífica de Paulo em Efésios
2.8 com a questão das obras em Tiago 2.24?
Análise
Histórico-Cultural: O
problema que Paulo enfrentava era o da oposição de pessoas que confiavam na sua
guarda da lei para salvação (como ele mesmo havia feito durante o seu período
farisaico); assim, ele ensinava que a pessoa era justificada pela fé à parte
das obras da lei – isto é, obras feitas como meios de comprar a salvação. Desde
cedo Paulo enfrentou aqueles judeus que começaram a fazer parte da igreja e
queriam que todos os crentes, gentios ou não, guardassem a lei, mais
especificamente a circuncisão, caso contrário, não seriam salvos. Isso
ocasionou inclusive o primeiro concílio da igreja em Atos 15.
Tiago, porém, estava combatendo pessoas inclinadas a pensar que uma
crença meramente intelectual nas verdades do Cristianismo era suficiente para a
salvação. É de comum acordo entre a grande maioria dos estudiosos que mesmo
sendo uma epístola geral, Tiago estaria dirigindo-se a uma comunidade de
judeus, percebemos pela sua saudação e analogias utilizando o A.T.
Análise Gramatical:
“ὁρᾶτε
ὅτι ἐξ ἔργων δικαιοῦται
ἄνθρωπος καὶ οὐκ ἐκ πίστεως µόνον”.
Tiago. 2.24
“τῇ γὰρ
χάριτί ἐστε
σεσῳσµένοι
διὰ πίστεως· καὶ
τοῦτο οὐκ ἐξ ὑµῶν
θεοῦ τὸ δῶρον”.
Efésios 2.8
Tanto
Paulo como Tiago referem-se à palavra fé nos dois versículos
analisados. A palavra obras que Tiago usa é também a mesma que Paulo usa nas
suas epístolas. Mas Paulo a usa acompanhada da palavra “Lei”. Deve-se
notar, no entanto, que as obras sobre as quais Tiago escreve não são as mesmas
que Paulo tinha em mente. Paulo, em sua argumentação, sempre usa a expressão
“obras da lei” ou “obras de lei” (ergon nomou), quando diz que somos
justificados à parte das obras (Romanos 3.20, 28; Gálatas 2.16). Quando Tiago
fala de obras, por outro lado, ele não as chama de “obras da lei”, mas
simplesmente “obras” (ergon).
Análise teológica:
Pelo contexto das espístolas paulinas que tratam desse assunto mais
profundamente como Romanos e Gálatas, percebemos claramente Paulo combatendo
claramente a salvação através das obras da lei. Resta a questão do que significa, no dizer de
Tiago, que alguém é justificado pelas obras (Tiago 2.21,24). Está ele
contradizendo Paulo? Não se entendermos corretamente o uso que Tiago faz da
palavra “justificar” (dikaioo). Quando Tiago diz que Abraão foi justificados
pelas obras ao oferecer Isaque sobre o altar (v.21), não está negando que
Abraão foi realmente justificado muito tempo antes que isso ocorresse – quando,
segundo Gênesis 15.6, “Ele creu no Senhor, e isso lhe foi imputado para
justiça”. O ponto que Tiago focaliza é que “foi pelas obras que a fé se
consumou” (eteleiothe – “chegou aos seu objetivo) (v.22); ou seja, que a obra
de oferecer Isaque revelava que a fé pela qual Abraão havia sido justificado
era a fé verdadeira. Essa obra mostrava que a fé de Abraão era genuína. Sugiro,
então, que o entendimento de dikaioo em Tiago signifique: “ser revelado como
justificado”. James Packer coloca assim:
Em Tiago 2.21, 24, 25 sua referência [a dikaioo] é prova de sua aceitação
por Deus, que acontece quando suas ações mostram que ela tem o tipo de fé viva
e operosa à qual Deus imputa justiça. A justificação que Tiago enfoca não é a
aceitação original por Deus, mas a subsequente reivindicação de sua profissão de
fé em sua vida. É na terminologia, não na teologia, que Tiago difere de Paulo.
O verso 24 poderia, então, ser traduzido assim: “Você vê que um homem é
revelado como justificado pelas obras e não pela fé somente”, isto é, que uma
pessoa não será justificada pela fé que permanece só, mas pela fé que revela
sua genuinidade por meio de obras de graciosa obediência.
Assim, a despeito da aparente contradição entre Paulo e Tiago, há aí uma
profunda unidade. Paulo concordaria com Tiago que só a fé viva justifica. Paulo
e Tiago concordariam com o dito de Calvino:
“É a fé sozinha que nos
justifica, mas no entanto, a fé que justifica não está sozinha”.
segunda-feira, 2 de julho de 2012
Aprendendo a Evangelizar com Jesus
Esta mensagem foi pregada
por mim no dia 02 de outubro de 2011 na Igreja Batista Atos. Minha oração é que
Deus fale profundamente ao seu coração e desperte você para obra que Ele está
fazendo no mundo.
Texto Base: João 4.5 -
35
Introdução: O maior exemplo de todo
cristão em todas as áreas de nossa vida, sem dúvida alguma, deve ser o Senhor
Jesus Cristo. A Bíblia diz que Ele deve ser nosso alvo, aquele para quem
devemos olhar firmemente, conforme relata em hebreus 12: 2.
Se não nos espelharmos em Jesus em nossa obra de evangelização, não
teremos êxito para propagar a Palavra de forma eficaz. Os métodos ensinados nas
palavras de Jesus nos são suficientes para sermos instrumentos de Deus para
glorificá-lO através do evangelismo. E todas as estratégias de evangelismo, se
não tiverem concordância com as palavras de Jesus, não serão usadas para glória
de Deus. Por isso devemos aprender cada dia mais a evangelizar com Jesus, a fim
de podermos refletir a glória de Deus no nosso evangelismo.
Tese: Cristo anunciou o evangelho às pessoas que teve
oportunidade, mostrando-as qual era sua maior necessidade e jamais Ele perdeu o
foco.
I – Temos que anunciar
o evangelho às pessoas que tivermos oportunidade (V. 7-10).
1 – Na passagem citada acima observamos Jesus fazendo
algo totalmente contrário à tradição judaica: Ele começa um diálogo com uma
mulher. Certo comentário rabino diz o seguinte sobre o assunto: “ Um homem não
deve começar conversa alguma com uma mulher, na rua, nem mesmo com sua
própria esposa; e muito menos ainda, com qualquer outra mulher, para que os
homens não venham a murmurar”. (Strack and Billerbeck,
Kommentar zum N. T. aus Talmud und midrasch. II. 438.).
Era preferível, segundo eles, queimar as palavras da
Lei a ensiná-las a uma mulher.
2 – Além das diferenças de homens com as mulheres, havia algo que impedia
mais ainda a comunicação de Jesus com aquela mulher, ela era samaritana. Os
judeus e samaritanos eram inimigos ferrenhos e muitas mortes aconteceram devido
às suas várias divergências religiosas.
3 – Jesus além de falar com uma mulher (o que era proibido conforme
tradição judaica), samaritana, ela era uma mulher adúltera, conforme as
palavras de Jesus nos versículos 16 ao 18. Isso fazia daquela mulher uma pessoa
indigna de se falar. O desprezo para com essas pessoas era enorme, pois
viviam numa sociedade muito religiosa que pensava ser perfeita e livre de
qualquer pecado. Tanto que Jesus foi várias vezes criticado por andar com
pecadores.
Mas nada disso: tradição, preconceito ou diferenças religiosas impediu
Jesus de compartilhar o evangelho com aquela mulher. Nem nós devemos deixar
de pregar o evangelho para qualquer tipo de pessoa. Às vezes permitimos que
algum desses motivos nos impeça de anunciar o evangelho, mas não podemos deixar
com que coisas tão surpéfluas faça com que nós paremos de avançar o reino de
Deus.
II - Temos que
mostrar aos homens sua maior necessidade (V. 11-19).
1 – No v. 13 e 14 Jesus apresenta para a mulher uma
água que Ele poderia dá-la e nunca mais ela teria sede. Ele estava falando de
uma água espiritual, mas a mulher não entendeu a proposta de Cristo, ela queria algo que não era sua real
necessidade nos v. 15, ela pede essa água para satisfazer sua necessidade
física.
2 – Mas Jesus a conduz numa conversa mostrando que ela era pecadora e fazendo-a
entender que a maior necessidade dela era que ela precisava conhecer a Deus e como adorá-lo (v. 18-24).
3 – Mas para fazermos isso devemos ser profetas de Deus (v. 19), fiéis as palavras de Deus,
não deixando de anunciar todo o desígnio de Deus. Hoje muitos estão pregando um
evangelho que traz alívios puramente humanos e nada mais. A palavra de vida
eterna cada vez mais fica longe da boca de muitos líderes evangélicos. E cabe a
nós a mudança deste quadro vergonhoso do evangelicalismo brasileiro.
III – Temos que permanecermos focados em nossa missão
(V. 27,31-34).
1 – No verso 8 os discípulos vão à cidade dos
samaritanos comprar comida e não pregam o evangelho para ninguém. Eles não evangelizam
nenhuma pessoa de Samaria, enquanto Jesus aproveita a oportunidade que teve e
ganhou muitos samaritanos. Percebemos que os
discípulos perderam seu foco na ida até Samaria, talvez deixaram que
tradição, preconceito ou divergências religiosas os calasse, conforme o verso
27.
2 - Jesus considerava sua missão acima até de suas
necessidades humanas (v. 34). Quando os discípulos voltam e oferecem comida a
Jesus, Ele os ensina que não devem perder o foco. Ele nos dar uma grande lição:
devemos estar sempre focados na missão que Deus nos deu de pregar o evangelho a
toda criatura (v. 34).
3 – E Ele ainda alerta da grande necessidade de
atentarmos sempre para nossa missão, pois os campos estão brancos (v. 35). Chega
de perdermos tempo com coisas sem valor algum e passageiras. Temos que nos
empenhar nas coisas eternas, gloriosas, trabalhar em prol do reino daquele que
morreu por nós e nos comprou com seu próprio sangue.
Conclusão: Quando olhamos para Cristo enxergamos
Nele o melhor e maior evangelista de todos os tempos, Ele é nosso exemplo mais
perfeito, Sua graça, sabedoria e autoridade nos deixam impressionados. Ele
jamais deixou de anunciar o evangelho a alguém que teve oportunidade, não
deixou que preconceitos culturais, sociais, religiosos e etc, O atrapalhassem,
sempre foi fiel a Deus em Sua mensagem, falava a verdade, não amaciava o ego
das pessoas, mas deixava bem claro que o homem é pecador e precisa urgentemente
do perdão de Deus. Ele jamais deixou de lado Seu objetivo, ainda que a dor,
sofrimento e perseguição fossem grandes na Sua vida, ao ponto de fazerem-no
suar sangue, Ele permaneceu no caminho que Deus queria, deixando de lado todas
as coisas, inclusive sua própria vida.
E você está
disposto a abrir mão de sua própria vida para viver para glória de Deus?
Que Deus os abençoe!
Em Cristo
Jhonathan Alves
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