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quinta-feira, 26 de novembro de 2015

Os Tipos de Amor no Livro de Cântico dos Cânticos

Este material faz parte de uma reflexão sobre as diferentes formas de expressão de amor apresentadas no Livro de Cântico dos Cânticos.

Ele nos chama a atenção para um tipo de amor romântico que está alicerçado em três bases: amizade, determinação e atração física.   

Livro do Cânticos é um excelente livro para casais aprenderem a demonstrar um amor que as muitas águas não podem apagar e nem os rios afogar, mesmo em meio as lutas e adversidades encontradas num relacionamento entre um homem e uma mulher que se amam. 

sábado, 31 de maio de 2014

Poema



A Graça
Oh bela graça, quão bela tu és,
Quão amável é a Tua voz.

Chegas a mim, mesmo eu afastando-te,
Amas a mim, mesmo eu odiando-te,
Conquistas a mim, mesmo eu resistindo-te.

quinta-feira, 8 de maio de 2014

Qual é o padrão: Igrejas em “Células” ou Igrejas em Templos?


Vejo esta pergunta como algo bem pertinente para nosso ambiente religioso e acadêmico. Vemos várias igrejas adotando o método de “igrejas em células” e desprezando as igrejas que se reúnem nos templos, e isso me leva a refletir sobre até onde podemos nos direcionar pelo o que os outros estão fazendo e dando certo em suas igrejas e adotar o mesmo padrão para todas as igrejas. Não vejo nas escrituras o apoio a um método melhor que os outros, por mais que possamos ver um método sendo frutífero para determinada época e cultura, não consigo vê-lo como o padrão, e que, portanto, deve ser usado para todas as épocas e culturas.
Os argumentos que ouvimos nos dias de hoje é de que nós devemos usar o mesmo método que a igreja primitiva usou. O método que vejo no livro de atos são os apóstolos e discípulos pregando o evangelho em demonstração de Espírito e poder a todos que tiverem oportunidade e vivendo em comunidade, amando todos os discípulos como irmãos. Não consigo enxergar outro método mais eficaz! Mas alguns daqueles que levantam a bandeira de um método ideal conseguem enxergar um método, que é o máximo: O MÉTODO EM CÉLULAS.

Análise Bíblica
A partir de agora, parto para uma análise deste método no livro de Atos para conseguir enxergar se temos um método padrão para todas as épocas e culturas ou apenas uma adequação social ou cultural para a igreja de Cristo na era primitiva. Alguns que defendem este método pela bíblia citam as passagens do livro de Atos onde falam a respeito da reunião dos discípulos nas casas, ou em locais onde se reuniam poucas pessoas, dando a entender que este é o método. São citados os textos de Atos 1. 12 - 14; 2. 1 – 2 e Atos 12. 11 – 12. Com a iluminação do Espírito do Senhor irei expor a seguir o que podemos aprender destes textos sobre métodos para igrejas.
Atos 1. 12 – 14 e 2. 1 – 2
Logo no começo do livro de Atos o Senhor fala para os discípulos ficarem em Jerusalém reunidos até receberem o Espírito que Ele lhes prometera (Atos 1: 4). Os discípulos estavam reunidos no cenáculo onde se reuniam a espera da promessa. Mas se analisarmos do ponto de vista social, o porquê deles se reunirem no cenáculo e não no templo de Jerusalém, podemos enxergar de forma clara e simples que eles estavam reunidos no cenáculo por causa da perseguição dos judeus, pois quem iria ficar no templo onde estavam aqueles que mataram o seu Mestre? Pedro já havia negado três vezes que não conhecia a Jesus, e os outros discípulos, segundo a bíblia, diz que fugiram quando os algozes pegaram o Senhor para prendê-lo (Mateus 26: 31, 56 e Marcos 14: 50). Tendo estes casos em mente, será que eles estavam reunidos em um lugar reservado por ser este o método ideal, ou era a circunstância que os obrigou a isso? Acho que não ficam dúvidas em nossa mente quanto a isso! É claro que a circunstância fez com que se reunissem naquele lugar, é óbvio que não era uma super-estratégia.
Atos 12: 11 e 12
            Não gastarei muitos neurônios nesta passagem para mostrar que não existe o método ideal. Aqui vemos os discípulos reunidos orando pela vida de Pedro que estava preso por mandado do Rei Herodes, que quis prender alguns da igreja para maltratá-los e agradar os judeus. O primeiro de sua lista foi Tiago que é morto à espada e o próximo Pedro (Atos 12: 1-2). Essa passagem não quer mostrar que se reunir nas casas dos irmãos é o método ideal para as igrejas hoje, mas nos mostrar que os discípulos se reuniam para orar a Deus mesmo diante da mais alta perseguição.

Análise Teológica
Analisando o livro de atos podemos ver que os discípulos não tinham uma forma específica de se reunirem, mas era de acordo com o contexto em que viviam. Não existe um método mais bíblico que outro, nem melhor, mas varia de acordo com o contexto da comunidade. Poderíamos usar passagens nas escrituras e fazermos um modelo de igreja usando a passagem, por exemplo, de atos 2: 46 e 3: 1. Que fala que os que criam perseveravam unânimes no templo, e Pedro e João iam para o templo na hora da oração. Poderia dizer que é no templo o lugar ideal para a igreja se reunir. Mas nenhum destes dois é um método ideal, vejo que a igreja deve usar o que lhe estiver disponível para fazer com que a mensagem chegue aos não alcançados e consiga viver em comunhão com os irmãos. Não vou e nem é minha intenção entrar em debates a respeito de qual o melhor método de igreja de acordo com os estudos missiológicos. Porém, vejo que muitos confiam em métodos ao invés de confiar em Deus.
A questão maior não é o método, mas Deus que tem poder para salvar o homem que está preso nos seus pecados e sobre a autoridade de Satanás.
            Não quero dizer que igrejas que trabalham em células estão erradas, nem dizer que igrejas que trabalham de forma tradicional estão erradas. Quero afirmar que levantar a bandeira de um método humano (a bíblia não diz como uma igreja deve ser: templo ou células) e dizer que todos deveriam trabalhar da mesma forma, está errado! Também quero dizer que nossa confiança deve estar em Deus, pedir orientação a Ele e agir conforme Ele nos orientar através de Seu Espírito, observar a comunidade que iremos atuar seu contexto social, cultural, religioso e verificar as possibilidades que a igreja tem de atuar de forma mais eficaz naquela comunidade.
 
Conclusão
Podemos concluir que as igrejas que atuam em todos os lugares, seja em templos, casas, colégios, galpões, praças e etc. De acordo com suas possibilidades de atuar de forma mais abrangente e eficaz na comunidade que estão inseridas, são bem mais parecidas com as igrejas neotestamentárias.

quinta-feira, 17 de abril de 2014

Teologia da Educação Cristã: Comunicação de Vida


Este é um resumo de um capítulo do livro Teologia da Educação Cristã que elaborei no Seminário para a discilpina de Educação Religiosa. Espero que esse breve texto nos impulsione a desempenharmos nosso papel no ensino de forma eficaz e que glorifique a Deus. 

Introdução
A educação cristã quer ajudar as pessoas a se tornarem o que seus professores são. Portanto é de suma importância que a vida do professor seja conforme o seu ensinamento. A educação cristã quer ajudar no processo de crescimento; no crescimento gradual do crente em direção a Cristo e a uma exteriorização cada vez mais adequada do Seu caráter.
            Esta tarefa única de edificar homens e mulheres para serem iguais a Cristo é: fazer discípulos.

Como fazer discípulos?
O relacionamento de Jesus com os seus discípulos nos mostra o Seu objetivo e o que Ele fez para alcançá-lo. Jesus, enquanto viveu e ensinou os doze, visava a sua transformação: Sua meta era fazer a vida crescer.
  Uma análise superficial e não exaustiva das passagens onde Jesus ensinava Seus discípulos, mostra que havia diversos tipos de relacionamento. Não era uma “escola” típica, onde os que eram treinados ouviam o professor por uma hora, e depois voltavam sem ele para a vida. Jesus convivia com os discípulos; participava das suas experiências e dos seus traumas. Havia interação constante entre eles.
Encontramos diversas vezes os discípulos ouvindo enquanto Jesus ensinava e instruía. Outras vezes os discípulos estão observando a reação de Jesus a situações, pessoas e acontecimentos. Mais de uma vez Jesus estimulava os discípulos a que fizessem perguntas, pedindo explicações e interpretações. Além disto, Ele às vezes faz perguntas aos discípulos. Os discípulos participavam do ministério de Jesus.
Estas poucas ilustrações nos ajudam a compreender que fazer discípulos é um processo de relacionamento interpessoal, que envolve professor e aluno em muitas experiências da vida real. Fazer a vida de Deus se desenvolver na pessoa parece exigir um contexto de vida, um modelo do qual o discípulo pode aprender, através do relacionamento íntimo com seu mestre.

Ensinar e aprender
            Muitas vezes “fazer e ensinar” andam juntos, e não é incomum encarar o culto da igreja como instruir-se mutuamente com “salmos e hinos e cânticos espirituais”.
            O centro disto tudo é fácil de determinar. “Ensinar pode nos lembrar de professor e sala de aula formal, porém o conceito engloba muito mais do que isto”! Limitar a educação cristã as formas tradicionais é limitar tragicamente nossa idéia de ensino e aprendizado.
            Assim como os termos bíblicos para ensinar e aprender não conferem um prêmio especial à habilidade de processar informação, os termos para conhecer também não exaltam o intelecto como um fim em si mesmo. Novamente voltamos às palavras de Jesus para captar o significado principal de ensino e aprendizado, no sentido em que a educação cristã deve entendê-los: “Todo aquele que for bem instruído será como seu mestre” (Lc 6: 40). Será como ele naquilo que ele sabe, sim. Mas saber o que o professor sabe não é o objetivo. O objetivo é ser como ele é. Transmitir vida com seu conceito, atitude, valores, emoções e entrega, exige que a pessoa reparta com a outra tudo que for necessário para fazê-la mais semelhante a Cristo.

Seguir e imitar
            Para transmitir vida parece ser importante que haja um modelo ou exemplo. Jesus disse, quando estava lavando os pés dos discípulos: “Eu vos dei o exemplo” (Jo 13: 15). Encontramos a mesma idéia no conhecido chamado de Jesus: “Siga-me” (Mt 9: 9). “Vinde após mim”, Jesus disse, “e eu vos farei pescadores de homens” (Mt 4: 19). Em outras palavras, Eu farei com que vocês sejam como eu sou.
            Isto vai além da imitação de comportamento! As atitudes e valores do modelo devem se tornar parte da personalidade do discipulando, e até conceitos podem ser um modelo para nós.
            Jesus chamou os discípulos para que estivessem com Ele, porque eles precisavam ver na prática os conceitos que Ele estava ensinando. Eles tinham de ver a Palavra encarnada para entendê-la de verdade e corresponde-lhe, tornando-se como seu líder!

Uma passagem crítica
            Examinando a passagem de Dt 6: 4-7, vemos claramente os elementos críticos que já observamos no ministério de Jesus.
Ø  Um modelo é pré-requisito. O professor deve ser uma pessoa que tenha um relacionamento amoroso pessoal com o Senhor. E este amor tem de ser demonstrado assimilando palavras da escritura. A verdade revelada também tem de ser vivida.
Ø  Intercâmbio. O relacionamento sem par entre pais e filhos – prolongado, estável, amoroso, variado – é o contexto ideal para a comunicação da verdade revelada e do seu impacto na vida. Facilita também a compreensão de motivações, sentimentos e atitudes, além da imitação do comportamento.
Ø  Vida como contexto. A palavra escrita é um elemento necessário na educação cristã. Professor e aluno fazem experiências juntos. Na vida em si a Palavra é ensinada e discutida!

São estes os elementos sobre os quais a educação cristã deve novamente chamar a atenção, se estamos mesmo pensando em vida. E temos de estar expostos a abordar, com estas dimensões de ensino e aprendizado – modelo, intercâmbio e a vida como contexto – a reconstrução da educação cristã na igreja.

quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014

Chamados para Servir



A nossa cultura está cheia de desejo em ser servido e não de servir. Encontramos muitas pessoas que adoram ser servidas, mas não levantam um fio de cabelo para servir aos outros. Na visão de muitas pessoas aquele que serve é alguém que está numa classe econômica menor, que não tem prestígio ou status diante da sociedade. Na realidade aqueles que querem ser servidos se acham maiores do que aqueles que os servem e por isso os menores devem servir os maiores.
Mas o que nos deixa mais impressionados é que esse pensamento não está somente na visão secular, mas também na mente de muitas pessoas que estão dentro das igrejas. Mas no Reino de Deus não é assim! É totalmente ao contrário e não podemos aceitar na igreja pessoas que não querem servir ao seu próximo, porque o nosso chamado foi para servirmos a Deus e ao próximo e não para sermos servidos. No mundo pode ser assim, mas na igreja não importa sua classe social, suas posses, seu status... Todos são iguais e no mesmo patamar, nenhum é maior que o outro.
Mas para começo de conversa vamos ver o que significa servir ou ser servo?
Existem duas palavras no Novo Testamento grego (língua original em que foi escrito) que se referem a ser servo e servir: “doulos” e diakonos”. Doulos: Literalmente significa escravo. Como no caso de Lucas 7: 2 (E o servo do centurião...). Essa palavra era a mesma usada para os escravos do Centurião. Mas os apóstolos a usaram também como escravo de Deus com ênfase na sua reivindicação exclusiva: Romanos 1: 1 (Paulo, escravo ou servo de Jesus Cristo...).  Diakonos: Literalmente servo ou empregado. Em Mateus. 20: 26 diz que “Aquele que quiser ser o maior será vosso serviçal”. e em João 2: 5 “Maria disse aos empregados...”.
Existe alguma diferença entre diakonos e doulos?
Doulos se refere a nossa posição diante do Senhor, ou seja, como deveríamos nos considerar diante do nosso Senhor. Enquanto que Diakonos se refere a nossa ação diante do Senhor, diz respeito ao seu serviço em prol da Igreja, dos seus irmãos e do seu próximo, em prol da comunhão, quer o serviço se realize ao servir à mesa, com a palavra, ou de alguma outra maneira.
Então quer dizer que fomos chamados para ser servos ou escravos?
Entregar nossa vida a Cristo é nos tornarmos escravos Dele: Somos possessão absoluta de Cristo. Jesus nos amou e nos comprou mediante um alto preço (1 Co. 6.20). Por isso, não podemos pertencer a mais ninguém além de Jesus Cristo. Nós devemos sentir prazer em fazer a Sua vontade: Devemos à Cristo obediência absoluta. Não temos vontade própria; Nossa vontade é cativa à vontade do nosso senhor. As decisões do seu senhor são as que regem a nossa vida. Paulo não tem outra vontade senão a de Cristo. Seu projeto de vida é obedecer a Ele. Ser servo de Cristo é a maior honra. Esse é o mais elevado dos títulos.
A escravidão cristã não é uma sujeição humilhante e degradante; pelo contrário, como disse Agostinho, quanto mais servos de Cristo somos, mais livres nos tornamos. Ser escravo de Cristo é ser rei. Ser escravo de Cristo é o caminho para a liberdade perfeita. Porque somos escravos de Cristo, somos livres da penalidade, da escravidão do pecado e do diabo e merecedores da condenação eterna.
Se formos escravos a quem devemos servir?
Devemos servir a Deus, nosso Pai, Senhor, Amigo, Conselheiro, Deus Forte e príncipe da Paz. Devemos Servir a igreja de Cristo, Paulo foi exemplar nisso e por causa disso passou por momentos angustiantes em sua vida, mas vale a pena (II Cor. 11. 24 – 28), devemos servir ao nosso próximo, aquele que é semelhante a nós, criado pelo mesmo Senhor (João 13. 4 – 17).
Por fim quais atitudes a bíblia nos fornece que identificam um servo?
Um servo não busca glória para si mesmo; Um servo não se considera maior que os outros; Um servo não busca somente seus próprios interesses; Um servo é humilde (Filipenses 2. 6 – 8).

Que Deus faça de nós servos verdadeiros e sinceros. Vamos lançar para longe o desejo de ser servido e trabalharmos para o nosso Senhor com coragem e fé naquele que está conosco todos os dias. Se nem mesmo o Filho do homem, Jesus, veio para ser servido, mas para servir e dar a Sua vida em resgate de muitos, quem somos nós para não seguirmos o exemplo do nosso Mestre?

Soli Deo Gloria.