Este é um resumo do livro Antropologia Missionária do Missionário Ronaldo Lidório para a disciplina de Antropologia do Seminário. A leitura do livro é muito agradável e nos abençoa muito com o conhecimento e experiência do autor sobre missões e está disponível para download no site:
http://juvep.com.br/v2/wp-content/uploads/2012/09/eBook-Antropologia-Missionaria-Ronaldo-Lidorio.pdf
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Resumo
O objetivo do autor é abordar a antropologia como aliada
no desenvolvimento de ideias, fomentação de estudo e conhecimento humano e,
sobretudo, como uma ferramenta prática no processo de adaptação pessoal,
desenvolvimento de projetos e exposição do evangelho no campo missionário. Por
se tratar de antropologia e missiologia, o autor pontua alguns pressupostos
teológicos: o impositivismo que é natural tendência humana de aplicar a outros
povos sua forma adquirida de pensar e interpretar, cuja exposição impositiva
pode levar as pessoas ao nominalismo evangélico e ao sincretismo religioso; o
pragmatismo que pode ser visto quando assumimos uma abordagem puramente prática
na contextualização, mas devemos ser lembrados que nem tudo o que é funcional é
bíblico; e o sociológico que é aceitar a contextualização como sendo nada mais
do que uma cadeia de soluções para as necessidades humanas, em uma abordagem
puramente humanista. No segundo capítulo, o autor conceitua a antropologia,
cultura e o homem, que segundo ele são os focos principais do estudo
antropológico. Ele começa com a antropologia, buscando desde o século XIX o
surgimento das teorias antropológicas. Nesse século surgiu o evolucionismo
unilinear, que aplica a teoria da evolução na culturalidade e gera o
pressuposto que o homem passaria por estágios de evolução cultural. Surgiu
também o particularismo histórico que questionou o evolucionismo unilinear
propondo que cada cultura possui sua historicidade que demanda respeito. Em
1940 nasceu a antropologia estrutural que defendia que existem regras
estruturantes das culturas na mente humana e é necessário compreender o padrão
mental, de pensamento e comunicação de um povo, a fim de compreender a sua
cultura. Também veio o funcionalismo estrutural defendendo que a estrutura
social é o ponto central em uma sociedade e todas as atividades e fatos sociais
(valores, religião, organização familiar etc) são desenvolvidos com a
finalidade de manter a estrutura social estável. E por fim, a antropologia
hermenêutica ou interpretativa que defende a identificação do significado cultural
a partir da observação e análise de ritos, mitos, cosmogonias e assim por
diante e a interpretação destes fatos sociais. “O autor define antropologia
como o resultado da aglutinação
histórica de impressões, fatos e ideias sobre a identidade do homem disperso em
seus diferentes ajuntamentos sociais”. O conceito de cultura é “os sistemas mais ou menos integrados de
idéias, sentimentos, valores e seus padrões associados de comportamento e
produtos, compartilhados por um grupo de pessoas que organiza e regulamenta o
que pensa, sente e faz”. E por fim o conceito de homem como sendo o ser em cultura, que se define a partir da
sua história, suas idéias e envolvimento social. No capítulo três é
feita a abordagem da orientação de aquisição linguística, onde é necessário
conviver com o povo a ser abordado e padrões de abordagem cultural, que são os
padrões éticos, êmico e êmico teológico. O padrão ético é a interpretação da
cultura em que os critérios de julgamento são inteiramente nossos, segundo
nossa ideologia, ideia e cultura. O padrão êmico é a baseada na interpretação
das pessoas que praticam o fato. E o padrão êmico-teológico é analisarmos os
fatos sociais por lentes êmicas, compreendo seu valor para o povo que os
experimenta, e após termos feito esta caminhada, expormos a estes o evangelho
de forma viva e aplicável, compreensível em seu próprio universo. No quarto
capítulo, o autor apresenta alguns métodos antropológicos para o estudo da
cultura, que vai desde o mais usado como o método de observação participante,
até os métodos adaptativos e idealistas. No final do capítulo são apresentados
os três métodos que serão usados pelo autor no estudo antropológico. São eles:
métodos, Antropos, Pneumatos e Angelos. Nos capítulos restantes o autor explica
os três métodos citados anteriormente, em que são dados exemplos práticos e é
feita a elaboração de questionários para que o estudioso possa estudar o
grupo-alvo de forma mais eficiente. Vale ressaltar, que nos capítulo oito, o
autor faz uma abordagem sobre cultura e religiosidade, em que aborda a relação
entre o sagrado, profano, tabus e assuntos pertinentes, olhando alguns
conceitos antropológicos. Concluindo, a metodologia apresentada pelo autor pode
lhe ser útil de forma integral, se você aplicá-la em um contexto específico,
como também de forma parcial, na qual você pode pinçar aquilo que se aplica ao
seu contexto.