A preparação para o advento do
cristianismo começa lá no século V a.C. Podemos observar Deus preparando o
cenário para que seu filho nascesse na plenitude dos tempos. Afim de que a fé
cristã surgisse num ambiente propício para sua expansão. Neste texto serão
analisados os fatores que contribuíram para que o cristianismo, as palavras de
Jesus, chegasse aos lugares mais remotos do mundo.
1º
Fator: Geográfico Palestino
A Palestina fica numa região que
fica no meio do caminho entre o oriente e ocidente. Tudo o que passa do
ocidente para o oriente, ou vice-versa, passava pela Palestina. De modo que
isso favoreceu extremamente a disseminação da fé cristã que surgiu ali, tudo
que acontecia ali se espalhava. Através de comerciantes e viajantes em geral.
Além disso, a Palestina dava acesso ao mar mediterrâneo. E isso favorecia a
expansão marítima da fé que surgiu.
2º
Fator: Intelectual Grego
Quando o cristianismo surgiu à
língua grega era extremamente conhecida na bacia do mediterrâneo. O novo
testamento foi escrito nessa língua por ser tão conhecida na região facilitou a
comunicação dos conceitos e das ideias. Isso fez com que essas ideias atingissem
melhor as pessoas. A cultura grega já disseminada em toda a região desde os
dias de Alexandre, o Grande, já tinha impregnado na mente do oriente, ideias
como um mundo diferente deste e etc. A filosofia grega também fazia com que os
homens percebessem a estupidez que havia nos deuses pagãos. E passaram a ansiar
por algo mais profundo, uma religião mais séria. A influência predominante entre as
camadas mais cultas da população era, contudo, a do pensamento filosófico grego,
que teria grande importância na posterior formação da teologia cristã. As
"virtudes naturais" ensinadas por Sócrates, a ideia da imortalidade
da alma, de Platão, a fagulha divina e o logos de Aristóteles foram algumas das
idéias que moldaram o pensamento cristão. Entre o estoicismo e o cristianismo
houve mesmo alguns elementos comuns. A noção de uma fonte universal e
modeladora de tudo o que existe, uma alma inteligente que se expressava na
razão humana -- isto é, o próprio Deus dentro de cada um -- influenciou
decisivamente na formação da teologia cristã.
3º
Fator: Religioso Judaico
Devido o exílio judaico, os
judeus espelharam-se pelo oriente e levaram consigo conceitos, ideias e valores
que se espalharam na mente dos povos, como a ideia monoteísta, que era uma
crença apenas dos judeus. A crença na vinda de um messias libertador, a lei, a
moral, a ética judaica, que trazia um conceito de que o pecado exigia um
sacrifício de sangue para haver perdão, a disseminação da crença em redenção e
etc. Os cristãos já encontraram mentes familiarizadas com essas ideias. E a Torá
era conhecida pelas pessoas. Apesar da dominação política da Judéia pelos
estrangeiros, o judaísmo manteve quase sempre intactas suas instituições
religiosas. Um clero altamente organizado e politicamente influente controlava
a vida religiosa e, principalmente por intermédio do sinédrio, determinava as
posições políticas. Em geral os judeus mantinham a esperança messiânica, mas
estavam divididos em facções e em partidos, cujas motivações eram a maior ou
menor fidelidade às convicções religiosas do passado ou a atuação meramente
política.
4º
Fator: Político Romano
O Império Romano concedia
segurança (Pax Romana) para a locomoção de viajantes pelo império já que antes
havia perigos no mar e na terra. A unidade do império, todos debaixo de uma só
lei, contribuiu a compreensão de que os homens estavam debaixo da lei do
pecado. As estradas do império romano facilitavam a locomoção dos viajantes. O
exército romano contribuiu para a pregação do evangelho em todos os lugares,
pois os soldados que se convertiam ao cristianismo levavam a mensagem para os
lugares que viajavam. Algumas das
características do império Romano que contribuíram para a difusão da fé cristã:
certa abertura religiosa inicial, gerada pelo
grande politeísmo; Busca da população romana pelas crenças orientais em alta
naquele momento; Um gigantesco império reforçado pelo comércio e envio de
tropas às colônias; Grande difusão do latim e do grego como que linguagens
universais naquele período.
Segundo
Curtis: “Talvez o cristianismo não
se expandisse de maneira tão bem sucedida caso o Império Romano não tivesse
existido. Podemos dizer que o Império Romano era um tambor de gasolina à espera
da faísca da fé cristã”.
5º
Fator: Outras Influências
A
reconstrução do templo, que recuperou um dos símbolos mais importantes da
história do povo judeu, ressaltou o contraste com a informalidade e a
simplicidade do cristianismo primitivo e foi uma das imagens que Jesus usou
para afirmar sua concepção sobre um novo relacionamento com o Deus de Israel. A
tradução grega do Antigo Testamento, a dos Setenta, outro estímulo ao
pensamento da época, favoreceu a universalização do cristianismo. Os autores do
Novo Testamento usaram esse texto para comparar as novas doutrinas às antigas.
A perseguição à igreja, movida por Saulo
de Tarso, antes de sua conversão, quando adotou o nome Paulo, e a morte do
primeiro mártir, Estevão, tiveram como consequência a expansão do cristianismo
para além das fronteiras da Palestina, quando fugitivos da perseguição
alcançaram a Fenícia, Chipre e Antioquia. A conversão de Paulo, que antes
perseguia os cristãos, contribuiu enormemente para a divulgação da nova fé.
Depois do final da era apostólica, um
período de cerca de quarenta anos permaneceu obscuro na história do
cristianismo. Há indicações de que essa época, em que foram escritos os
evangelhos e as epístolas, conheceu muitas mudanças e intenso trabalho
missionário. Por volta do ano 100, o cristianismo já se havia estabelecido na
Macedônia, na Anatólia, na Síria, na Grécia, em Roma e, possivelmente, no
Egito. Apesar das diferenças entre as igrejas nas várias localidades onde se
firmou o cristianismo, sua organização se deu em meados do século II e foi um
dos meios usados pela igreja nascente para combater mais efetivamente as
heresias da época.
No final do século II a igreja cristã já
se denominava católica (universal), termo usado pela primeira vez por santo
Inácio de Antioquia. A primeira tentativa de estabelecer o cânon do Novo
Testamento é também desse período. Ao redor do ano 150, a Bíblia grega foi
traduzida para o latim, para uso na África. A partir do ano 300, quando o
cristianismo já estava presente em todos os pontos do império -- incluindo
agora o norte da África, a Itália central, a Gália meridional e a Espanha --,
vários oficiais do governo e funcionários imperiais se converteram, levando o
cristianismo para as classes mais altas da sociedade e também a membros do
exército romano.
No século IV a situação mudou
radicalmente, em especial no Ocidente, primeiro com o afastamento
voluntário de Diocleciano, em 305, e depois com um edito de tolerância para com
os cristãos, de Galério, "sob a condição de que nada pratiquem que seja
contrário à disciplina". Constantino, aclamado imperador no Oriente,
partiu para a conquista do Ocidente. Durante o sono, imaginou ter visto as
iniciais do nome de Cristo, com a inscrição "in hoc signo vinces"
("com este sinal vencerás"). Ao triunfar na batalha contra Maxêncio,
em 312, aderiu ao cristianismo e, em 313, concedeu plena liberdade aos
cristãos. Em 323, com a derrota de Licínio, que ainda controlava parte do
império, foram abolidas totalmente as perseguições ao cristianismo. Iniciou-se
assim uma nova fase de sua história: a união com o poder político, que culminou
sob o governo de Teodósio I, em 380, quando foi proclamado religião oficial do
estado.
Conclusão
Observamos com clareza que o
cristianismo não surgiu do acaso da história, mas tudo o que aconteceu conforme
estava na mente de Deus. Em todo o desenrolar da história, vemos tudo
contribuir para o advento do cristianismo: religiões, sistema de governo,
filosofias, idioma e etc. Deus
estava no controle de tudo, programando todas as coisas para o nascimento de
Seu filho e tudo aconteceu de acordo com Sua vontade.
Não havia momento histórico
melhor para o surgimento do cristianismo. Todos os aspectos favoreceram o
cristianismo e se tivesse surgido em outro momento, não teria tido o avanço que
teve no seu início.
BIBLIOGRAFIA
PR. MARCOS GRACONATO. A História do Cristianismo Parte I. 1
post
(3min.33s.). Postado em: 09/05/2011. Disponível em:<http://www.coladaweb.com/historia/historia-do-cristianismo>.
Acesso
em: 19 de Set. 2012.
PROF.
DIONÍSIO HATZBENERGER. Cristianismo nos
Séculos I e II. Disponível em:< http://hist-igreja.blogspot.com.br/p/cristianismo-nos-seculos-i-eii.html>.Acesso
em: 19 de Set. 2012.
SANDRA AGUIAR DAS NEVES. História
do Cristianismo. Disponível em:< http://www.youtube.com/watch?v=mTwU5eyZ0yA>.Acesso
em: 19 de Set. 2012.